Um dia após cúpula em Haia, China acusa Otan de ser uma “máquina que provoca guerras”

Após receber críticas da Rússia, Otan vira alvo de ataques da China (Foto: HUANG JINGWEN/EFE/EPA/XINHUA)

O Ministério da Defesa da China afirmou nesta quinta-feira (26) que a Otan é “um produto da Guerra Fria” que “provoca guerras por todos os lados”, após representantes dos países da Aliança Atlântica terem criticado as “atividades desestabilizadoras” chinesas no Estreito de Taiwan e no Mar da China Meridional.

O porta-voz militar Zhang Xiaogang declarou hoje, na coletiva de imprensa mensal do Ministério da Defesa chinês, que “a Otan é um produto da Guerra Fria e a maior aliança militar do mundo”.

Ainda segundo o porta-voz chinês, a Otan é “uma verdadeira máquina de guerra que semeia conflitos e provoca guerras por todos os lados”.

O porta-voz afirmou que a organização “excedeu o escopo geográfico estipulado em seu próprio tratado” e manifestou a “oposição” de Pequim à Otan “por usar a China como desculpa para avançar para o leste da região da Ásia-Pacífico”.

“O desenvolvimento do poderio militar da China concentra-se exclusivamente na proteção de sua soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento”, alegou Zhang, ressaltando que a política de defesa nacional de Pequim é de “natureza defensiva”.

O pronunciamento do regime de Xi Jinping surge após os ministros das Relações Exteriores do G7 concordarem na quarta-feira, às margens da cúpula da Otan em Haia, em ressaltar a importância de “manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”, bem como em aprofundar a cooperação “diante das ações desestabilizadoras da China no Mar da China Meridional”.

Conteúdo editado por: Isabella de Paula