Ele deu alguns exemplos. Citou o fim do Perse —um benefício fiscal a empresas do setor de eventos—, “que estava gerando grandes perdas de arrecadação”, aumento da contribuição previdenciária e “resiliência” da economia.
A receita teve um comportamento bastante robusto em maio e junho. Há um comportamento sustentável. Apesar da redução da projeção do IOF, tivemos um comportamento positivo em praticamente todas as rubricas de arrecadação.
Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal
Taxação dos superricos já rende aos cofres públicos. “Já sabíamos que a arrecadação das offshores no ajuste anual do comércio do ano foi forte, e tudo indica que a arrecadação do come-cotas, daqueles fundos fechados dos super-ricos aqui no Brasil, que é em maio agora também, deve ter vindo forte”, disse Barreirinhas.
Ele espera que essa arrecadação não seja mais “extraordinária”. “Mas com uma arrecadação constante, o que demonstra que não houve fuga, não houve nada”, afirmou o secretário.
IOF perdeu R$ 10,2 bilhões em relação à previsão inicial. A diferença na projeção de arrecadação foi em relação aos R$ 18,6 bilhões previstos no relatório bimestral de maio. Após recuos do governo e decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) na semana passada, a arrecadação prevista com IOF é de R$ 8,4 bilhões para 2025.
O governo também incluiu na conta a previsão de arrecadação com o leilão de petróleo. A Câmara aprovou em junho a proposta do governo para vender em um leilão toda a produção de óleo e gás em campos do pré-sal em áreas que ainda não foram contratadas. “Cumprindo todos os prazos [do leilão] de maneira tranquila, contamos ainda neste ano com a entrada dos recursos”, afirmou Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional. O leilão está previsto para novembro.























