A maratona dos vestibulandos já começou. Assim como os corredores enfrentam desafios nos quilômetros finais, os estudantes também enfrentam suas próprias dificuldades nos últimos trechos do percurso. Com provas de estilos e formatos distintos, surge a necessidade de encontrar estratégias e planos de estudos para diferentes vestibulares.
Giovana Helena Rossetti, 17, está entre o grupo de milhões de candidatos que enfrentam a sequência provas em busca de uma vaga na universidade. Ainda indecisa sobre qual caminho seguir, ela decidiu apostar em áreas completamente diferentes: medicina e engenharia mecânica.
Só neste mês, a estudante já fez a prova da Unicamp, no último final de semana, e do Einstein, onde tentará medicina. Nos próximos dias, pretende participar dos processos seletivos da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), também para medicina. E, no caso de engenharia mecânica, ela está inscrita na Fuvest e na FEI, no fim do mês. Isso além de dois finais de semana de Enem, em 9 e 16 de novembro.
A rotina de Giovana é marcada pelas aulas do terceiro ano do ensino médio, o preparo específico para os vestibulares e também das tarefas do dia a dia. “O tempo é a questão mais difícil para todo vestibulando, é muito complicado, porque parece que não vai dar tempo de estudar”, afirma ela.
Para o professor Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho Poli, o preparo vai muito além de revisar conteúdos: envolve planejamento para cada prova. “É importante que o estudante conheça o formato de cada uma das provas. As provas não são iguais e a forma de avaliação muda também a maneira de planejamento.”
Diante das diferenças de estilos dos vestibulares, é importante que o estudante conheça como cada exame é formulado e corrigido. O Enem, por exemplo, utiliza a TRI (Teoria de Resposta ao Item), um sistema que busca avaliar o conhecimento dos candidatos, reduzindo as chances de acerto a partir do chute. Já provas como o da Fuvest seguem modelos tradicionais de correção.
Por isso, o professor Matheus Nahas, do Colégio Marista Arquidiocesano, em São Paulo, recomenda que os candidatos conheçam os formatos específicos de cada prova e façam questões de vestibulares anteriores.
“O estudante precisa conhecer o estilo de prova e de pergunta, e como as bancas acabam questionando os conteúdos. E, além disso, não é fazer [os itens] só para conhecer a prova e o estilo, é também para ver se existe alguma coerência e semelhança entre os anos”, afirma Nahas.
Seguindo essa lógica, Giovana montou a sua estratégia. “Eu estou tentando aprofundar nos conteúdos que eu já sei. Por que aqueles que eu ainda não aprendi sinto que eu não vou aprender direito, então é melhor eu avançar naquilo que eu já sei”, conta a estudante.
Os estudos de Giovana começam assim que ela chega em casa, no final da tarde. A estudante organiza sua rotina de acordo com as aulas do dia. “Se hoje eu tive matemática, química e física, prefiro estudar essas matérias. Além de estar mais fresco na memória, sinto que o conteúdo fixa melhor na minha cabeça.”
A vestibulanda também procura equilibrar o foco entre os novos conteúdos e as revisões, além de reservar tempo para separar as dúvidas e levar as questões para os professores.
O que priorizar?
Nessa reta final de preparação, uma das dúvidas comuns dos estudantes é o que priorizar nos estudos: reforçar as matérias em que tem mais dificuldade ou focar nos conteúdos que mais caem nos vestibulares?
Nahas explica que a escolha depende da nota de corte e do curso desejado. Segundo ele, para cursos menos concorridos, o ideal é focar conteúdos mais recorrentes, independentemente da facilidade do estudante com o tema.
“Se o conteúdo é difícil, deve ser prioridade. Mas, se for algo que o aluno já domina, vale se aprofundar ainda mais para garantir segurança na hora da prova”, recomenda.
Outro aliado importante nessa reta final é o simulado. Além de ajudar na revisão, os testes também são fundamentais para treinar a gestão do tempo e no preparo psicológico.
“O simulado também prepara para a dimensão do cansaço. É nele que o estudante aprende a ficar muito tempo sentado numa cadeira desconfortável para fazer a prova e treina a atenção”, comenta Alvarez, diretor do Cursinho da Poli.
O professor Matheus Nahas lembra que a reta final exige uma dedicação mais intensa, mas é importante não abrir mão das atividades físicas e um sono regulado.
A estudante Giovana também compartilha que ter uma regularidade nos estudos é benefício. Segundo ela, estudar um pouco todos os dias ajuda, principalmente nesse período.
“Tem dia que você vai chegar muito cansado e você vai pensar, ‘nossa, eu preciso descansar’. Mas é justamente nesses dias que vai fazer a diferença, porque vai ter dia que você vai estar ainda mais cansado do que hoje. Então é bom você manter constância.”
DICAS PARA A RETA FINAL
- Conhecer os formatos das provas, resolvendo questões de outros anos
- Priorizar conteúdos conforme a concorrência do curso e o nível de dificuldade
- Manter regularidade nos estudos
- Fazer simulados para treinar gestão de tempo e o preparo psicológico
- Manter uma boa noite de sono, atividade física e momentos de descanso
A Folha oferece assinatura gratuita para estudantes que se inscreverem no Enem; clique aqui para saber mais.
A maratona dos vestibulandos já começou. Assim como os corredores enfrentam desafios nos quilômetros finais, os estudantes também enfrentam suas próprias dificuldades nos últimos trechos do percurso. Com provas de estilos e formatos distintos, surge a necessidade de encontrar estratégias e planos de estudos para diferentes vestibulares.
Giovana Helena Rossetti, 17, está entre o grupo de milhões de candidatos que enfrentam a sequência provas em busca de uma vaga na universidade. Ainda indecisa sobre qual caminho seguir, ela decidiu apostar em áreas completamente diferentes: medicina e engenharia mecânica.
Só neste mês, a estudante já fez a prova da Unicamp, no último final de semana, e do Einstein, onde tentará medicina. Nos próximos dias, pretende participar dos processos seletivos da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), também para medicina. E, no caso de engenharia mecânica, ela está inscrita na Fuvest e na FEI, no fim do mês. Isso além de dois finais de semana de Enem, em 9 e 16 de novembro.
A rotina de Giovana é marcada pelas aulas do terceiro ano do ensino médio, o preparo específico para os vestibulares e também das tarefas do dia a dia. “O tempo é a questão mais difícil para todo vestibulando, é muito complicado, porque parece que não vai dar tempo de estudar”, afirma ela.
Para o professor Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho Poli, o preparo vai muito além de revisar conteúdos: envolve planejamento para cada prova. “É importante que o estudante conheça o formato de cada uma das provas. As provas não são iguais e a forma de avaliação muda também a maneira de planejamento.”
Diante das diferenças de estilos dos vestibulares, é importante que o estudante conheça como cada exame é formulado e corrigido. O Enem, por exemplo, utiliza a TRI (Teoria de Resposta ao Item), um sistema que busca avaliar o conhecimento dos candidatos, reduzindo as chances de acerto a partir do chute. Já provas como o da Fuvest seguem modelos tradicionais de correção.
Por isso, o professor Matheus Nahas, do Colégio Marista Arquidiocesano, em São Paulo, recomenda que os candidatos conheçam os formatos específicos de cada prova e façam questões de vestibulares anteriores.
“O estudante precisa conhecer o estilo de prova e de pergunta, e como as bancas acabam questionando os conteúdos. E, além disso, não é fazer [os itens] só para conhecer a prova e o estilo, é também para ver se existe alguma coerência e semelhança entre os anos”, afirma Nahas.
Seguindo essa lógica, Giovana montou a sua estratégia. “Eu estou tentando aprofundar nos conteúdos que eu já sei. Por que aqueles que eu ainda não aprendi sinto que eu não vou aprender direito, então é melhor eu avançar naquilo que eu já sei”, conta a estudante.
Os estudos de Giovana começam assim que ela chega em casa, no final da tarde. A estudante organiza sua rotina de acordo com as aulas do dia. “Se hoje eu tive matemática, química e física, prefiro estudar essas matérias. Além de estar mais fresco na memória, sinto que o conteúdo fixa melhor na minha cabeça.”
A vestibulanda também procura equilibrar o foco entre os novos conteúdos e as revisões, além de reservar tempo para separar as dúvidas e levar as questões para os professores.
O que priorizar?
Nessa reta final de preparação, uma das dúvidas comuns dos estudantes é o que priorizar nos estudos: reforçar as matérias em que tem mais dificuldade ou focar nos conteúdos que mais caem nos vestibulares?
Nahas explica que a escolha depende da nota de corte e do curso desejado. Segundo ele, para cursos menos concorridos, o ideal é focar conteúdos mais recorrentes, independentemente da facilidade do estudante com o tema.
“Se o conteúdo é difícil, deve ser prioridade. Mas, se for algo que o aluno já domina, vale se aprofundar ainda mais para garantir segurança na hora da prova”, recomenda.
Outro aliado importante nessa reta final é o simulado. Além de ajudar na revisão, os testes também são fundamentais para treinar a gestão do tempo e no preparo psicológico.
“O simulado também prepara para a dimensão do cansaço. É nele que o estudante aprende a ficar muito tempo sentado numa cadeira desconfortável para fazer a prova e treina a atenção”, comenta Alvarez, diretor do Cursinho da Poli.
O professor Matheus Nahas lembra que a reta final exige uma dedicação mais intensa, mas é importante não abrir mão das atividades físicas e um sono regulado.
A estudante Giovana também compartilha que ter uma regularidade nos estudos é benefício. Segundo ela, estudar um pouco todos os dias ajuda, principalmente nesse período.
“Tem dia que você vai chegar muito cansado e você vai pensar, ‘nossa, eu preciso descansar’. Mas é justamente nesses dias que vai fazer a diferença, porque vai ter dia que você vai estar ainda mais cansado do que hoje. Então é bom você manter constância.”
DICAS PARA A RETA FINAL
- Conhecer os formatos das provas, resolvendo questões de outros anos
- Priorizar conteúdos conforme a concorrência do curso e o nível de dificuldade
- Manter regularidade nos estudos
- Fazer simulados para treinar gestão de tempo e o preparo psicológico
- Manter uma boa noite de sono, atividade física e momentos de descanso
A Folha oferece assinatura gratuita para estudantes que se inscreverem no Enem; clique aqui para saber mais.
 
			












 
                                 
                                 
							










